Novos paradigmas na Gestão: O Balanced Scorecard

Nas empresas assim como em todos os aspectos da sociedade, as rápidas, frequentes e radicais mudanças acontecem a todo o momento. Isto representa um constante desafio à nossa capacidade de adaptação e conhecimento. Uma vantagem competitiva que hoje diferencia uma empresa dos seus concorrentes pode significar absolutamente nada no mercado de amanhã. Portanto, mais importante do que a propriedade temporária de diferenciais competitivos é possuir a capacidade de gerar novas vantagens, que permitam à empresa adaptar-se rapidamente ao comportamento evolutivo do mercado.

Neste contexto, as pessoas são uma das principais fontes geradoras de novas vantagens competitivas, e a sua estratégia de evolução deve ser colocada no centro da estratégia corporativa. Na economia da informação os activos intangíveis tais como a lealdade dos clientes ou a competência dos funcionários são igualmente ou talvez até mais importantes do que os recursos tangíveis.

 

Segundo Robert Kaplan, os indicadores financeiros do desempenho passado são complementados com os indicadores dos vectores que impulsionam o desempenho futuro. Os objectivos e indicadores do Balanced Scorecard derivam da visão e estratégia da empresa e focalizam o desempenho organizacional sob quatro perspectivas, as quais formam a sua estrutura: financeira; do cliente; dos processos internos e do aprendizado e crescimento (pessoas).

O advento da Era da Informação tornou obsoleta muitas das premissas fundamentais da concorrência industrial.

 

Nas últimas décadas do século XX o advento da Era da Informação tornou obsoleta muitas das premissas fundamentais da concorrência industrial. Actualmente as empresas já não conseguem obter vantagens competitivas sustentáveis apenas com a rápida alocação de novas tecnologias ou com a excelência de uma gestão eficaz dos activos e passivos financeiros. As empresas da Era da Informação baseiam-se num novo conjunto de premissas operacionais: processos interfuncionais; ligação com clientes e fornecedores; segmentação de clientes; escala global e inovação e conhecimento.

 

Através da sua representação gráfica e de fácil análise, o conjunto de indicadores do cenário permite aos gestores uma rápida e abrangente visão da situação dos negócios. A apresentação gráfica dos resultados financeiros resultantes de acções já tomadas é complementada pelos indicadores operacionais de satisfação dos clientes, dos processos internos, e do crescimento e aprendizado, ou seja, dos elementos básicos que conduzem a empresa para o futuro desempenho financeiro do negócio.

Sendo assim, o BSC é mais do que um sistema de medidas ou indicadores, devendo também traduzir a visão e a estratégia de uma certa unidade de negócios em objectivos e medidas tangíveis, as quais devem sustentar o equilíbrio entre indicadores externos voltados para accionistas e clientes, e indicadores internos ao nível dos processos críticos, de inovação, aprendizado e crescimento. O importante é procurar o equilíbrio entre os indicadores de resultado – as consequências dos esforços do passado – e os vectores de desempenho futuro.

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